sexta-feira, dezembro 21, 2012

Lúpus e Gravidez - Fertilidade Feminina


Lúpus é uma doença auto imune, ou seja, é um ataque defensivo do seu corpo  contra ele mesmo. O sistema imunológico começa a reconhecer alguns órgãos como os rins, a pele e as articulações, como ameaças  ao corpo e passam a produzir anticorpos contra eles. Pode surgir em qualquer fase da vida, porém é mais comum em mulheres de idade fértil, mulheres em idade reprodutiva. 


Causas



As causas não são claras, mas sabe-se que pode ser desencadeada por fatores hereditários, disfunções hormonais, alguma infecção ou mesmo estresse. Recentemente , estudos da Marinha Americana, apontaram  o vírus do Herpes como uma possível causa para o surgimento da doença.

Sintomas 



Os principais sintomas seriam lesões na pele caracterizadas por vermelhidão nas maçãs do rosto e no nariz; dor e inchaço nas articulações;Sensibilidade a luz, inflamação de pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração); inflamação no rim. Além de inflamações em pequenos vasos sanguíneos, causando lesões avermelhadas e dolorosas nas palma de mãos, planta de pés, no céu da boca ou em membros;
Em mais da metade dos casos, surgem  alterações no sangue , como diminuição de glóbulos vermelhos , glóbulos brancos , dos linfócitos  ou de plaquetas .
Em casos mais raros, podem acontecer inflamações no cérebro, causando convulsões, alterações do comportamento ou do nível de consciência e até mesmo alucinações.

Diagnóstico


De difícil diagnóstico, ele costuma ser feito depois de analisado exames de sangue junto ao conjunto de sintomas.  Pode-se levar meses ou até anos para que o médico junte os pontos e consiga um diagnóstico conclusivo. Nenhum teste isolado pode determinar a existência de lúpus, mas vários testes laboratoriais juntos, podem sim  ajudar no diagnóstico. O médico também pode pedir biópsia da pele ou rins caso esses sistemas estejam afetados.

O Lúpus e a Fertilidade Feminina

Como já foi dito, o Lúpus é uma doença de difícil diagnóstico, por esse motivo, muitas mulheres passam por muitas dificuldades ao tentar engravidar. Sem ter conhecimento de sua condição, e consequentemente sem tratamento o Lúpus age livremente dificultando o desenvolvimento saudável da gestação. Pacientes com lúpus podem ficar livres dos sintomas por longos períodos de tempo e, então, viver uma explosão da doença .Os principais riscos para mulher que engravida sem o controle do lúpus são abortos repetitivos, isso em razão do aumento súbito de estrogênio, hipertensão podendo causar pré eclampsia, e parto prematuro.

É possível levar uma gravidez adiante de forma saudável, se alguns cuidados forem tomados. O acompanhamento médico é essencial para identificar o momento menos ativo da doença. O momento de menos atividade da doença, é o momento mais propício a ocorrência de uma gravidez, para que a doença não prejudique a gravidez e porque os medicamentos para o controle da doença, não podem ser tomados durante a gravidez.
Deve haver um acompanhamento rigoroso inicialmente do Reumatologista e posteriormente do Obstetra. Durante muito tempo, foi dito que a mulher portadora de Lúpus não poderia jamais engravidar, hoje é sabido que isso não passa de um mito.
A maioria das mulheres com lúpus estável, que é definido quando há uma atividade limitada da doença, têm uma gravidez de sucesso.

Embora a gravidez da mulher com lúpus seja considerada de alto risco, na maioria dos casos o bebê consegue nascer saudável.  O ideal é que a mulher não tenha nenhum sinal ou sintoma de lúpus e não esteja tomando medicação por pelo menos 3 meses antes de ficar grávida (consulte seu médico antes de parar com os medicamentos, cada organismo é um e age de uma forma), pois os medicamentos para o controle da doença podem diminuir a fertilidade.


Tratamento


O tratamento para o controle da doença, envolve o uso de anti inflamatórios - não esteróides, antimaláricos, corticosteróides, imunodepressivos. 
Embora o lúpus não tenha cura,o uso desses medicamentos permite a diminuição dos sintomas. Dessa forma o portador tem uma melhor qualidade de vida.

Cuidados 



Para evitar crises, os médicos recomendam evitar fatores que desencadeiam a doença. São eles: evitar tomar sol e outras formas de radiação ultravioleta, tratar infecções, evitar o uso de estrógenos (anticoncepcionais) e outras drogas (hidralazina, hidrazida, a procainamida) e evitar o estresse.

Pé no chão e esperança no coração !

Tatiana da Costa 

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