A Infertilidade afeta mais do que apenas a mulher ou o homem que leva consigo o diagnóstico da dificuldade. Ela afeta os casais e isso afeta o casamento.

Quando as pessoas pensam em infertilidade, elas pensam em como isso afeta uma mulher. Como faz ela se sentir e o que isso a faz pensar. A maioria das pessoas não para pra pensar sobre como a infertilidade pode afetar seu casamento, e isso pode realmente ter um impacto negativo sobre o relacionamento do casal, mas não deveria ser assim. Estima-se que vinte por cento dos casais vai lutar com a infertilidade, em algum momento. Hoje vamos falar sobre alguns dos fatores relacionados à fertilidade que podem afetar um casamento.


Pensar ou ousar falar a palavra infertilidade é algo assustador para todos nós, mas é preciso encarar de frente os obstáculos que surgem, caso contrário, se fingirmos que eles não existem, não poderemos supera-los e o que poderia ser resolvido facilmente, pode se tornar algo permanente.

Comunicação

A comunicação é um grande problema. Às vezes, quando um casal se depara com a infertilidade, sua comunicação é interrompida. Isso geralmente acontece porque um deles se sente responsável ou culpado pela infertilidade, ou acabam culpando o outro pelo mesmo motivo, e eles simplesmente não são capazes de falar sobre isso. A comunicação, no entanto, é uma das principais peças para lidar com a infertilidade como um par. Quando nos casamos, ou decidimos viver com alguém, o fazemos para dividir as alegrias e dificuldades, para vibrar com o sorriso do outro e sofrer com suas lágrimas, são dois que tornam um para formarem uma família. Por tudo isso, e importante falar sobre os sentimentos que a dificuldade de concepção nos traz. Você tem que colocar todos os seus pensamentos e crenças sobre a mesa e discutir o que você está disposto a fazer e deixar claro como isso é capaz de te afetar. E se você não pode engravidar naturalmente? Você vai fazer tratamentos de fertilidade ? Como você vai pagar por ele? E se não funcionar? Qual é o seu próximo passo? Esse diálogo é muito importante para que os limites de cada um sejam estabelecidos.

Culpa

A culpa é um sentimento muito comum para os casais que sofrem de infertilidade. Às vezes, as duas pessoas sentem culpa por não serem capazes de conceber. Um pode se sentir culpado por não ser capaz de “dar “ao outro o que ambos desejam. É importante para a cabeça lidar com a culpa. Ninguém é "responsável" por não ser capaz de ter um filho. É importante perceber que ninguém tem culpa por ter alguma dificuldade, e um casal é uma equipe e devem jogar juntos pelo melhor para ambos.

As questões financeiras

Claro, tratamentos de fertilidade são muito caros e muitas vezes não cobertos pelos planos de saúde. A grande maioria deles não cobre sequer os ultrassons seriados, e nem pensam em reembolso de uma consulta com um especialista mais renomado. O lado financeiro dos tratamentos de fertilidade, pode muitas vezes ser um assunto polêmico para muitos casais. Até onde você está disposto a ir? Quanto você está disposto a gastar? Estas perguntas podem realmente causar problemas em um relacionamento, especialmente quando ambas as partes têm respostas diferentes. Você tem que descobrir isso antes de chegar no ponto X da questão. Discussões sobre dinheiro nunca são agradáveis, mas nesse caso são importantes para delimitar até onde um e outro estão dispostos a ir. Normalmente as mulheres se propõem a ir mais além, já os homens, mais comedidos, ponderam e se apegam as porcentagens negativas, ou seja, pensam naqueles 60% de chances que uma FIV tem de dar errado.

Os problemas deveriam unir as pessoas, afinal, juntos somos sempre mais fortes, e duas cabeças pensam sempre melhor que uma.
Se a infertilidade, permanente ou não, faz parte de sua vida, faça desse momento, um motivo de vínculo ainda maior com seu parceiro. Se vocês enfrentarem a infertilidade juntos, serão capazes de encontrar forças um no outro, e caminharem em busca de novas soluções. 
O ingrediente principal para ter um filho, é o amor e uma boa dose de entrega, todo o resto é discutível e passível de mudança. 

Pé no chão e esperança no coração!

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