Alergia ao esperma pode ser causa de infertilidade feminina
A infertilidade, passageira ou não, é algo que aflige o mundo das tentantes. Não existe nada pior do que desejar algo, lutar para conquistar, e se perceber barrada por razões cuja a solução foge do alcance das mãos.
É esse tipo de sentimento que toma a vida de mulheres diagnosticadas com a chamada ESCA ( esterilidade sem causa aparente). Receber o diagnóstico de uma dificuldade não é tão cruel quanto simplesmente não saber o que as impede de prosseguir. É uma luta contra o desconhecido, sem rosto, sem defesa para o ataque invisível.
O que muitas mulheres não sabem é que entre esses 10%, 15% de mulheres que não conseguem engravidar e que não apresentam nenhum problema que tenha sido diagnosticado, encontram-se algumas portadoras de alergia ao esperma também conhecida como hipersensibilidade seminal humana do plasma.
A mulher pode apresentar alergia ao esperma de um parceiro específico ou simplesmente de todos que passarem por sua vida.
A vagina é basicamente revestida de mucosa que em contando com uma determinada proteína do esperma, pode apresentar hipersensibilidade, desencadeando então uma reação alérgica cuja o grau varia de mulher para mulher.
Sintomas da alergia ao esperma
Os sintomas da alergia ao sêmen são basicamente, corrimento, coceira ou ardor, inchaço e vermelhidão vaginal logo após a relação sexual. Em casos mais severos a mulher pode ainda apresentar falta de ar, urticária pelo corpo, inchaço nos olhos e até diarreia.
A hipersensibilidade pode aparecer em diferentes fases da vida . A alergia ao sêmen pode surgir desde a primeira relação sexual, após um período de abstinência ou mesmo depois de uma gravidez ou ainda pós parto, de forma que já ter filhos não afasta a possibilidade dessa dificuldade surgir posteriormente.
Mulheres com alergia ao esperma não podem engravidar ?
O sistema imunológico feminino identifica o esperma como um agente agressor e trabalha para elimina-lo . Dessa forma os espermatozoides são identificados pelo organismo da mulher como um perigo a sua saúde, são então atacados pelos anticorpos e enfim mortos, impossibilitando a fecundação do óvulo e uma possível gravidez. É como se o esperma fosse um vírus ou bactéria pronto a adoecer o organismo da mulher.
A boa notícia é que existe tratamento e o problema é relativamente simples de resolver.
Tratamento para alergia ao esperma
Através de um teste de sensibilidade, detecta-se o grau de intolerância da mulher a proteína do esperma. É desenvolvida então, a partir do esperma diluído do parceiro, uma vacina, em gotas, ou através de injeções que deverá ser administrada semanalmente. Após três meses de tratamento, o casal é liberado para tentar a concepção de forma natural.
Estima-se que de 3 a 5% da população feminina, apresente esse problema que segundo os médicos é de difícil diagnóstico e de grande discussão no mundo da medicina. Diversos exames precisam ser realizados, e ainda assim o diagnóstico é discutível para muitos.
Caso de sucesso
No ano de 2011 a britânica Rachael Sadler tornou-se mãe de gêmeas após 9 anos de tentativas. Até diagnosticar a alergia ao esperma do seu marido Mark, o casal gastou alguns milhões de dólares em busca de respostas para sua incapacidade de concepção.
A curto prazo, até que o diagnóstico correto seja feito, alguns médicos prescrevem antialérgicos a suas pacientes para que uma reação alérgica não seja desencadeada após o ato sexual, porém o resultado é passageiro e paliativo. Utilizar preservativos é também uma boa alternativa contra os sintomas até que o tratamento correto seja finalizado, o problema sanado, e o casal liberado para as tentativas de engravidar.
Pé no chão e esperança no coração !