Tratamentos de Reprodução Humana mais efetivos são o foco do Congresso Americano de Medicina Reprodutiva
- Diagnósticos mais precisos com a incorporação da genética elevam taxas de gravidez dos tratamentos norteiam a ASRM 2016.
Salt Lake City, 19 de outubro de 2016.
A cidade estadunidense de Salt Lake City este ano é paco do 72º Congresso Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), evento de referência de uma das áreas da ciência que mais avança com uma demanda crescente devido às mudanças sociais que têm provocado a redução da fertilidade humana. Aumentar a taxa de efetividade dos tratamentos é o foco de muitas das novidades apresentadas durante o evento.
Enquanto um tratamento de Fertilização in Vitro simples apresenta uma média de eficácia em torno a 50%, ao incorporar técnicas de estudo da receptividade endometrial e diagnóstico genético do embrião, a efetividade pode superar os 80%.
“Por muito tempo os tratamentos de reprodução humana eram como um tiro no escuro, ciclos de Fertilização in Vitro se repetiam até a paciente engravidar, mas hoje temos recursos de diagnósticos que nos permitem contar com mais informações para personalizar o tratamento e aumentar sua efetividade”, explica Dra. Genevieve Coelho, diretora do IVI Salvador, parte do grupo espanhol que apresenta vários estudos durante evento.
Considerar os fatores genéticos da infertilidade e também conhecer fatores do genoma que aumentam as possibilidades de êxito dos tratamentos é algo que já existe, mas muitas clínicas ainda não utilizam. “Causas de abortos de repetição e de fracasso da Fertilização in Vitro, muitas vezes poderiam ser evitados se os embriões dos pacientes fossem analisados cromossomicamente” esclarece Dra. Genevieve. “Outro ponto muito importante é confirmar qual é o melhor momento de transferência do embrião no útero materno, o estudo apresentado pelo laboratório de genética Igenomix, que teve participação de especialistas do IVI, foi premiado durante o congresso por sua relevância”.
Atualmente cerca de 15% da população mundial não consegue engravidarapós um ano de tentativas, que é caracterizado como infertilidade. Quando a idade da mulher é superior aos 35 anos, 1 de cada 3 terá dificuldades para obter a gestação. “Não adianta dizer que as mulheres devem engravidar antes, porque estamos diante de uma mudança social, temos que nos adaptar aos novos tempos e ajudar na conscientização sobre os riscos que supõe adiar a maternidade e o que fazer para prevenir, enquanto nós médicos temos que melhorar a efetividade dos tratamentos”, conclui Dra. Genevieve.
Sobre o IVI
Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) iniciou suas atividades em 1990. Possui mais de 50 clínicas em 11 países, incluindo Brasil, e é líder em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária.
Mais informações:
Sirlene Cervera
(11) 94180 9484
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