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A ultrassom seriada deve ser pedida pelo médico para monitorar a ovulação

Ultrassom seriada são uma série de 3 ou 4 ultrassons que tem por objetivo acompanhar e determinar se um ciclo é ou não ovulatório. Outra razão é saber Se tudo está correndo dentro do normal e satisfatório para que uma gravidez aconteça. Também conhecida como Ovulograma a ultrassom seriada é fundamental em alguns casos.


Quantas ultrassons seriadas são necessárias


O médico é quem vai determinar a quantidade de ultrassons a serem realizadas. A quantidade e frequência dependerá de cada caso em específico e do tratamento que por ventura tenha sido aplicado. 

A primeira ultrassom seriada é feita entre o terceiro e o quinto dia do ciclo. Sua função é analisar a quantidade de folículos antrais, os folículos primários em desenvolvimento inicial nos ovários. 


Por essa contagem é possível saber se a reserva ovariana é satisfatória e se os folículos do ciclo anterior regrediram de forma normal. É importante que os folículos do ciclo anterior desapareçam antes do inicio de um próximo ciclo. Folículos retidos podem impedir o desenvolvimento de novos folículos.

A segunda ultrassom seriada acontece entre o oitavo e o décimo dia do ciclo menstrual e sua função é determinar se existem folículos dominantes (os que liberaram um óvulo maduro) e se o endométrio está espessando adequadamente.

A terceira ultrassom seriada  é realizada entre o décimo segundo e o décimo quarto dia do ciclo e sua função é determinar se o endométrio está trilaminar e se possui espessura adequada para receber a implantação. Além de averiguar se o folículo dominante se desenvolveu corretamente e se já tem condições de eclodir o óvulo.

A quarta e última ultrassom seriada é realizada entre o décimo quinto e o décimo oitavo dia do ciclo e sua função é determinar se a ovulação aconteceu de fato averiguando a presença do corpo lúteo. Corpo amarelo secretor de progesterona e estrogênio que se forma no lugar do folículo que liberou o óvulo.

Quando a ultrassom seriada é necessária


A ultrassom seriada pode ser utilizada em vários casos e como auxilio para muitos tratamentos e diagnósticos. A FIV e Inseminação artificial são dois casos bem específicos mas não são os únicos.  A ultrassom seriada é também utilizada em casos de:

  • Indução de ovulação 
  • Coito programado
  • Acompanhamento de ovulação 
  • Suspeita de LUF


Ultrassom seriada e Indutor de ovulação 

Ao utilizar o indutor de ovulação é necessário que médico acompanhe o ciclo com ultrassom seriada para determinar se o tratamento está surtindo o efeito desejado, se a dose do medicamento foi adequada e se o folículo foi capaz de romper sem ajuda de gonadotrofina.

A ultrassom seriada no tratamento com indutor de ovulação é também importante para se certificar de que um hiper estímulo dos ovários não está ocorrendo.

Ultrassom seriada e Coito programado


A ultrassom seriada é vital no tratamento de Coito Programado pois será com o auxilio da ultrassonografia que o médico determinará o momento exato para aplicar a injeção de gonadotrofina para eclodir o óvulo. Assim o casal será orientado sobre o melhor momento para manter relações e potencializar as chances de engravidar.

Ultrassom seriada para acompanhar a ovulação (Ovulograma)


A ultrassom seriada pode ser realizada apenas para acompanhar o ciclo e determinar se o ciclo é ou não ovulatório. O exame pode ser realizado com ou sem uso de medicação para induzir a ovulação e assim acompanhar o crescimento do endométrio e desenvolvimento folicular. 

Durante um ciclo sem indução de ovulação o folículo cresce cerca de 2 mm por dia. Ainda num ciclo natural, um folículo pode atingir um tamanho entre 18 e 24 mm. 

O endométrio por sua vez espessa entre 1 e 2 mm por dia. Sua espessura no momento da ovulação pode variar de uma forma normal e satisfatória entre 8 e 12 mm. 

Um ciclo com indução de ovulação  pode mostrar números diferentes. Os folículos podem chegar a 31 mm e o endométrio normalmente se apresenta mais fino, entre 6 e 12 mm.

A ovulação é caracterizada pela presença de corpo lúteo e apenas o ultrassom realizado com doppler é capaz de identificar a cicatriz secretora de progesterona. 

Se não houver corpo lúteo não houve ovulação.

Ultrassom seriada e LUF


A LUF é a síndrome do folículo não roto. Por algum motivo desconhecido, o folículo mesmo com o estímulo correto do LH não consegue eclodir e liberar o óvulo. No entanto a função hormonal é igualmente apresentada . Dessa forma a única forma de diagnosticar a LUF é através da ultrassom seriada.  O médico através do acompanhamento do ultrassom, consegue perceber a regressão do folículo dominante, característica clara da síndrome.

Uma mulher que tenta engravidar sem sucesso a mais de 1 ano deve pelo menos uma vez na vida realizar uma ultrassom seriada. Acompanhar o ciclo com o ovulograma é importante para saber se tudo está ocorrendo como deveria.

Pé no chão esperança no coração !
Tatiana da Costa 

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